quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Número de mortes em acidentes de moto sobe 2.252%

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São Paulo - O número de mortes causadas por acidentes de motocicleta cresceu de 299 em 1990 para 6.734 em 2006 em todo o Brasil, um aumento de 2.252%. O índice subiu de 0,01 por 100 mil habitantes em 1990 para 4,6 por 100 mil habitantes em 2006 nos municípios com menor porte demográfico (até 20 mil moradores). Nas cidades mais populosas (acima de 500 mil habitantes), essa relação foi de 0,2 por 100 mil habitantes em 1990 para 2,6 por 100 mil habitantes em 2006. Os dados fazem parte de um levantamento da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Números do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do ministério apontam que, em referência a óbitos provocados por acidentes de transporte terrestre, as motos estão na quarta posição.

"A moto tornou-se uma opção muito interessante diante dos congestionamentos, além disso, ela é um meio de trabalho para muita gente. O fato de ser mais barata que automóvel e poder ser financiada por períodos longos também contribui para o aumento da frota", afirmou a especialista Marli Silva Montenegro, responsável pela pesquisa Tendência de Acidentes de Transporte Terrestre Segundo Porte Populacional dos Municípios Brasil, 1990 a 2006.

Os acidentes de transporte terrestre são a segunda causa de morte por causas externas, correspondendo a 28%. "A conseqüência disso são altos custos para a sociedade, impactos sociais e psicológicos para suas vítimas e familiares", disse Marli.

* do UOL Notícias

sábado, 27 de setembro de 2008

Taxa de mortalidade por acidentes com moto aumenta 475% em dez anos

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil


São Paulo - A taxa de mortalidade das vítimas de acidentes de moto registrados nas capitais brasileiras mais que quintuplicou de 1996 a 2005. De acordo com uma pesquisa divulgada hoje (26) pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), no primeiro ano da série de dez, 0,4 pessoa para cada mil habitantes das 27 capitais do país morreram devido a lesões causadas por acidentes de motocicletas. Já Em 2005, a taxa atingiu 2,3 pessoas para cada mil habitantes - crescimento de 475% durante o período.

Segundo as pesquisadoras Maria Helena Jorge e Maria Koizume, duas das autoras do estudo denominado Acidentes de Trânsito no Brasil: A Situação das Capitais, um dos motivos da alta é o aumento da frota de motos nas capitais. A pesquisa apresentada por elas aponta que, de 2002 a 2006, o número de motos para cada mil habitantes subiu de 26,4 para 39,8 - aumento de cerca de 50%. De acordo com elas, o crescimento da frota de motos provocou o aumento do número de mortos e feridos em acidentes com esse tipo de veículo.

Ainda segundo o estudo, as quatro cidades com maior número de motos para cada habitantes ­­- Boa Vista (RO), Goiânia (GO), Palmas (TO) e Campo Grande (MS) - são justamente as que têm o maior índice de mortos em acidentes envolvendo o veículo em 2005. Palmas (TO) é a campeã em mortalidade, com taxa de 9,6 para mil habitantes, e tem a terceira maior taxa de frota: 93,6 motos para cada mil habitantes.

Palmas e as outras três capitais também têm as mais altas taxas de mortalidade por acidente de trânsito envolvendo todos os veículos. Apesar de ter um dos trânsitos tidos como um dos mais violentos do país, São Paulo é a 23ª colocada no ranking de mortalidade composto pelas 27 capitais: 14,3 mortes por mil habitantes por ano.

Para Maria Helena, os dados do estudo comprovam que o trânsito tem que ser encarado também como um problema de saúde pública. “As mortes por acidente fazem com que nossa expectativa de vida não suba da forma que poderia subir. As vítimas de acidentes congestionam as filas dos hospitais; e os gastos com o tratamento têm impacto nas contas do SUS [Sistema Único de Saúde]”.

A pesquisadora afirma ainda que cerca de 99 pessoas morreram por dia no país, vítimas de 1.050 acidentes de trânsito (motos, carros e outros veiculos) registrados diariamente em 2005. “É o mesmo que um avião caindo no país todo dia.”

terça-feira, 23 de setembro de 2008

26% dos motociclistas estão ilegais

27/03/2008 14:51:38
De 2001 para cá, o número de motos passou de 192.451 para 431.247 em todo o Estado. Foi um aumento de 124% em relação ao total da frota registrada em 2008

São 8 horas de uma segunda-feira. Entre as ruas Solon Pinheiro com Carlos Gomes, o taxista Raimundo Bastos prevê muitos aborrecimentos. Um motoqueiro tinha acabado de avançar a preferencial, destruindo toda a frente do carro arrendado por ele. Serão 15 dias sem ter como trabalhar. "Foi a terceira vez que bati numa moto, sempre porque eles avançam a preferencial. Eles não obedecem às leis". Enquanto isso, no mesmo horário, Antônio Domineu acordava mais um dia no Instituto José Frota (IJF). Já são mais de 150 dias internado, desde que um carro avançou a preferencial na avenida Perimetral. Ele perdeu parte da perna esquerda. "Eu ia para o trabalho. O motorista bateu em mim, parou, me chamou de otário e foi embora", lembrava.

No Ceará, conforme dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), nos últimos sete anos, enquanto a frota de carros aumentou 43%, a quantidade de motos ultrapassou o dobro registrado em 2001. O número passou de 192.451 para 431.247 motocicletas em todo o Estado, um aumento de 124% em relação à frota registrada em 2008. O problema é que a quantidade de habilitações não acompanha este crescimento. Em 2006, dado mais recente do Denatran, apenas 304.932 motoristas eram habilitados. Neste ano, a frota era de 362.538 motocicletas. Pelo menos 26% dos motociclistas dirigem ilegalmente. Em todo o Brasil, o Ceará é o sexto estado em quantidade de motos, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Quando o ranking é da quantidade de motos em relação à frota total de veículos, o Ceará é o quinto do Brasil, com 36%. Fica atrás apenas do Piauí, Maranhão, Rondônia e Roraima. Para se ter uma idéia, São Paulo aparece em 25º, com 15%. Com o crescimento do número de motos nas ruas, cresce também o índice de acidentes. No Ceará, 35% do total de acidentes de trânsito ocorrem com motocicletas. O Estado ocupa o 10º lugar nesta relação, juntamente com o estado de Pernambuco, conforme dados do Denatran. Em 2001, essa relação era de 27%. Só em Fortaleza, segundo a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC), foram 7.416 vítimas de acidentes com motos em 2007, sendo 5.382 feridos e 74 mortos. Os motoqueiros ocupam o primeiro lugar no ranking de feridos e o segundo no ranking de mortos, atrás somente dos pedestres.

Em conversas com motoristas e motociclistas, um acusa o outro de irresponsabilidade e falta de respeito. Mas de quem é a culpa? De acordo com Carlos Henrique Pires, diretor de trânsito da AMC, existe uma falta de cidadania mútua. "Há excesso por parte do motociclista e um desrespeito do motorista. Na prática, o que a gente verifica é que um coloca a culpa no outro. Ninguém se auto-analisa e assuma sua parcela de culpa". E no dia-a-dia do trânsito o que se vê é o veículo desrespeitando a moto que anda na sua faixa, querendo jogá-la para o canto da pista, e motoqueiros zigue-zagueando no trânsito em alta velocidade.

Como o taxista Raimundo Bastos e o motoqueiro Antônio Domineu, são muitos os atingidos por essa relação complicada entre motos e carros. Os argumentos, justificativas e acusações são as mesmas. "Eu trabalho de 10 a 12 horas por dia dentro deste carro. Só tenho problema com uma coisa: moto. Eles são imprudentes, cortam os carros e andam rápido demais", destacou o taxista. Antônio Domineu defende que existem motoqueiros assim, outros não. "Eu andava direito, com capacete e em dia. Veio um carro avançando a preferencial e bateu em mim. E aí?". O depois do acidente não faz medo para ele. "Vou colocar uma prótese e viver minha vida. Agora pode tirar foto. Olha aí menino, tô ficando importante", brincou.

LEIA AMANHÃ

Quanto custa para o Estado um paciente acidentado. O que poderia ser investido em educação, saúde ou infra-estrutura, tem de ser deslocado à grande parcela da população que se envolve em acidentes com motos. Além disso, eles acabam ocupando leitos que poderiam ser usados por pacientes que não podem prevenir doenças.

NÚMEROS

124% foi o aumento da quantidade de motos de 2001 para 2008, enquanto o aumento da frota de carros foi de 43%
431.247 motocicletas rodam em todo o Estado

6ª é a colocação ocupada pelo Ceará no ranking dos estados com maior número de motos

36% é a quantidade de motos em relação ao total de veículos no Ceará

35% do total de acidentes de trânsito ocorrem com motocicletas no Estado

7.416 pessoas foram vítimas de acidentes com motos em 2007

Fonte: Denatran e AMC

Fonte: O Povo / Fortaleza

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/01/01/ult4469u16489.jhtm